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É o mais grave incidente eleitoral do período pós Ditadura Militar. Não há paralelos neste tipo de conspiração na História recente do país.

Setores do PSDB paulista, inclusive pessoas ligadas ao coordenador de infra-estrutura da Campanha Serra, teriam se organizado para produzir dezenas de milhões de panfletos contra Dilma Roussef, falsificando as posições da CNBB.

No conteúdo dos panfletos, as mesmas mistificações já claramente denunciadas desde o 1º turno. A própria Dilma já esclareceu em declarações, entrevistas e até mesmo em documento aberto aos cristãos suas reais posições em defesa da vida e de outros pontos que foram falseados pela campanha serrista, em especial pela Senhora Mônica Serra.

A produção e a distribuição dos falsos panfletos trazem em si inúmeros crimes eleitorais, tanto que todo o material foi apreendido pelo TSE. Também causa estranheza os valores empregados na ação – só o milhão de panfletos apreendido teria custado cerca de R$ 30 mil. Os 20 milhões encomendados poderiam chegar a R$ 300 mil reais. Como disse Dom Vilson Barbosa, Coordenador de Comunicação da CNBB, as paróquias são pobres e não tem recursos para empregar em ações como esta. Quem efetivamente patrocinou a impressão deste material?

O que é mais grave, no entanto, é ligar este tipo de prática a uma instituição tão respeitada como a CNBB. Todos e todas têm direito a possuir e expressar sua posição política. Mas não é concebível que no Brasil do Século XXI se utilize de artifícios para confundir e aterrorizar as pessoas utilizando falsos preceitos, ainda por cima fingindo expressar a opinião da Igreja Católica.

Esta tática foi colocada a nu – a mentira tem pernas curtas e a população brasileira não se deixa enganar tão facilmente. Porque a verdade liberta e os eleitores saberão separar o joio do trigo na hora de votar.