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A Universidade Cândido Mendes está realizando uma série de debates nestas vésperas de eleição. Candidatos a todos os cargos foram convidados a apresentar os projetos políticos de seus partidos para os alunos do curso de Direito da instituição. Cada partido foi convidado ao debate em dias e horários diferentes. Fiquei honrado em ser o candidato a Deputado Estadual escolhido para representar o PT, ao lado do companheiro Jorge Bittar, candidato a Deputado Federal.

Falar do “Modo Petista de Governar” é fácil. Nosso partido se diferencia dos outros pela participação popular. O PT convida efetivamente a população para o debate, através da construção de espaços abertos de gestão pública, através de referendos, plebiscitos, conselhos paritários e projetos como o Orçamento Participativo, que foi implantado em diversas prefeituras do PT em todo o país.

Citei o companheiro Pepe Vargas, ex-Prefeito de Caxias do Sul e Deputado Federal pelo PT no Rio Grande do Sul. A Prefeitura de Caxias implantou durante sua gestão o Orçamento Participativo, e hoje é muito fácil encontrar lá pessoas observando as obras que estão sendo realizadas. Elas se sentem parte daquilo e na obrigação de fiscalizar, porque foram elas que decidiram aquela prioridade e a maneira que seria feita.

Falei também da necessidade de uma reforma política no Brasil, passando por uma reforma na lei eleitoral. O financiamento público para campanhas faz-se urgente, pois muitos candidatos são bancados por grandes empresários, realizando campanhas milionárias, que vencem pela visibilidade. Quando eleitos, esses políticos representam os interesses do empresariado que os financiou, e não do povo que os elegeu.

Hoje, graças ao compromisso do governo Lula com a população brasileira, temos uma nova classe C, com poder de consumo, e que segurou a economia, possibilitando que a crise não atingisse o Brasil. Construímos de volta a indústria naval, com a determinação de que a Petrobras passasse a comprar apenas navios e plataformas nacionais. Tornamos a Petrobras a quarta maior empresa do mundo conduzindo sua capitalização, a mesma Petrobras que o governo anterior tentou transformar em Petrobrax para facilitar sua venda, deixando seu nome menos “aportuguesado”.

Mostrei como o PT mudou a cara da educação em todo o país. Na era FHC a universidade pública era ocupada pelos ricos e esse era o argumento utilizado pelos conservadores para privatizar a educação superior. Hoje estamos revertendo esse quadro – criamos projetos para a entrada das classes populares na universidade através de políticas afirmativas, como as cotas, da ampliação da rede, com a abertura de mais vagas em cursos noturnos, e com o ProUni nas instituições particulares.

Bittar comparou ainda o comportamento atual da imprensa, que busca desqualificar o PT, com o momento da eleição de Collor, onde a velha mídia manipulou descaradamente informações. Precisamos lembrar que no governo do PT, não importa qual tenha sido a acusação ou quem tenha sido acusado, a postura tomada foi de investigar e punir os responsáveis. A imprensa, no entanto, insiste em afirmar continuadamente que se trata do governo com mais corrupção e falta de ética. Ora, logicamente nem todos em um governo se comportam bem, mas há duas posições a se tomar: esconder ou investigar. O governo Lula deu liberdade para a Polícia Federal investigar suas acusações.

Por fim, reforçamos a importância de não elegermos César Maia ao Senado, lembrando de dois momentos de sua administração na Prefeitura do Rio: a Cidade da Música, na Barra da Tijuca, obra que custou mais de 60 milhões – verbas que poderiam ter sido investidas na construção de um veículo leve sobre trilhos que resolveria o problema de transporte do bairro – e a dificuldade de implantação do Bolsa Família. O programa depende da administração municipal para o cadastro das famílias e por ser contra o governo federal, César Maia impediu todas as formas desse cadastramento.

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